Em 1939 surgia o Batman na revista Detective Comics 27, como um herói sombrio ele deixou um homem morrer sem se preocupar e para chegar ao culpado do crime que movia a história fez uma simples investigação.
Foi assim que começou a história do segundo maior herói da DC Comics, trazendo já diversos conceitos que eternizariam o personagem na mente de fãs em todo mundo.
Na reformulação "Os Novos 52" a Detective (como todos os outros títulos) zera e traz a primeira história realmente boa com qual me deparei nesta remodelação, nela temos o Batman sombrio enfrentando o Coringa e a polícia, mas com o apoio do comissário Gordon.
Como já pode ficar claro na descrição acima a reformulação na hq trouxe justamente as características que tornaram o herói marcante; como por exemplo o antagonista, nada menos que o Coringa, o maior inimigo da longa e excelente de lista de malfeitores loucos que fazem do trabalho do Homem-Morcego uma necessidade em Gotham City
A ideia de mostrar o herói de sempre ao público com seus conceitos clássicos é um acerto mas de nada adiantaria se a intenção não se convertesse em uma prática bem-sucedida, felizmente o roteiro não decepciona. Na história temos um ritmo acelerado interessante que consegue apresentar os princípios com competência, é a típica boa história de começo; facilmente compreensível, divertida e, mesmo introdutória, competente em apresentar os conceitos primordiais.
Óbvio que advogar um recomeço não é tarefa fácil e o argumento como era de esperar, não é profundo o bastante para tanto, mas seria exagero cobrar demais de uma publicação de pouco mais de 20 páginas. Talvez em outros tempos o poder condensador dos autores conseguisse imprimir nesse espaço pequenas grandes narrativas, porém isso hoje é uma raridade e comparado com os demais quadrinhos atuais até que a história de Detective Comics tem muito a apresentar.
Em linha gerais pode-se elogiar o trabalho de Tony Daniel no roteiro pois ele consegue fazer uma história equilibrada e empolgante que entende bem suas limitações e alterna com competência cenas dramáticas com confrontos de ação sem sobressaltos.
Já os desenhos, também de Tony Daniel, seguem a mesma linha de adequação. Mesmo não sendo exemplares do melhor que pode ser feito em hqs de super-heróis (longe disso aliás) eles cumprem muito bem a função, além do mais os seus traços robustos e expressões faciais convincentes conquistam, principalmente quando ele foca em algum personagem ou quando se utiliza de enquadramentos clássicos.
Batman: Detctive Comics 1 não é uma revolução mas consegue se sair bem justamente por não tentar reinventar a roda. Tony Daniel parece ciente da fórmula e a aplicou com competência unindo uma história fechada com os conceitos que tornaram o Batman o herói que é, com isso demonstrou o quão benéfico pode ser apenas o arroz com feijão do que há de melhor na mitologia do Cavaleiro das Trevas.

(Bom)
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